Bem, como escrevi no último “post”, no final de 2013, elegi 2014 como o ano da “Celebração”. Celebrar
bons sentimentos, pequenos e simples momentos, vitórias, felicidades, trabalho,
amizade, amor, cultura... Enfim, tantos são os motivos para agradecermos, que
hoje, ao final do mês de janeiro, me vejo reclamando muito menos de tudo e
agradecendo muito mais. Bom saldo.
Uma das coisas que
propus a partir daquele ano era ficar rico. Sim, rico! Rico de cultura. E isso, conseguiria
se me aviltrasse a movimentar um baú muito particular chamado cérebro e fazer uma
bagunça dentro dele, tirando tudo que estava empoeirado, bem arrumadinho no
mesmo lugar, sem mexer há algum tempo. Percebi que havia algumas coisas, que até
mesmo nunca tinham sido mexidas. Vou contar o primeiro passo que utilizei pra
fazer isso: ler. Ler muito. Escrever também. E por isso, me comprometi a
escrever sobre um tema, sempre que meu coração pedisse. Encher-me de cultura útil,
sem esquecer da inútil, claro. Quando conhecemos os dois lados da moeda,
estamos sempre aptos a discutir sobre qualquer tema, sobre qualquer situação. Ampliamos
nossa zona de conhecimento de forma que podemos traçar um marco comparativo e aí
sim, termos discursos contundentes de defesa para os ideais que acreditamos.
A minha idéia hoje é
escrever sobre um sentimento, extremamente clichê, mas que a meu ver é o início
de tantas coisas, senão, de tudo. Ora, ora, que sentimento é esse? O amor,
claro.
O amor está presente
na vida do ser humano desde a criação do mundo. Muitos crêem que o mundo foi
feito por Deus, iniciando com Adão e Eva, tendo seu desenvolvimento escrito em
todas as histórias que estão na Bíblia e por aí vai. Outros seguem teorias mais
racionais, como Chales Darwin, um naturalista britânico que alcançou fama ao
convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma
teoria para explicar como ela se dá por meio da seleção natural e sexual. A evolução do homem através dos macacos era debate freqüente na
escola, lá pela antiga quinta, sexta série do ginásio, quando a professora
(Maria de Lourdes, nunca esquecerei o nome dela), colocava em discussão também
a atuação de Martinho Lutero, um sacerdote católico agostiniano e professor de
teologia germânico que foi figura central da Reforma Protestante. Sua
principal bandeira fincou-se contra os conceitos da Igreja Católica
veementemente contestando a alegação de que a liberdade da punição de Deus sobre
o pecado poderia ser comprada.
Mas teoria científica,
racional, biológica, social, seja lá qual for, identificava naqueles debates
uma “coisa” que aos meus 10, 11 anos não compreendia ainda: esse sentimento
chamado AMOR. Era muito jovem, e esse sentimento não era racional. Era
instintivo, naquela época. Por isso, somente mais tarde entendi o que
significava. E foi aos meus 13 anos, quando perdi minha mãe para um fatal
derrame cerebral, que em questão de exatas três horas entre o momento que
sentiu a primeira pontada na cabeça e o seu falecimento (sim três horas), pôs
fim à sua missão nessa vida terrena. Nunca me esquecerei daquela cena, como
nunca esqueci o nome da minha primeira professora de História, aquela, a Maria
de Lourdes dos debates. Ali começava a minha história de vida. Pelo menos o início
que me recordo (ou que me permito recordar, talvez). O início que me remete a
todas as atitudes, certas ou erradas, que tenho até hoje.
Combinemos o seguinte?
O amor será o “marco teórico”, expressão muito utilizada pelo meu querido amigo
mestrando Marcos Araújo (só que o dele é a “dádiva”, rs), que servirá de fio
condutor dos “posts” que farei para contar em dez capítulos, a minha vida. Com esse sentimento
tentarei criar um “elo” entre outros sentimentos, momentos que vivi e as conseqüências
que ele trouxe na minha vida. Assim, vocês também poderão conhecer um pouco
mais sobre mim e sobre a minha história. Estou me sentindo um pouco “Manoel
Carlos”, autor de novelas que mais admiro e que imprime esse sentimento de
maneira constante em suas obras. E que venha a nova novela das 21 horas,
acompanhada de um “romance” da vida real chamado de “MINHA VIDA”. Até mês que vem
com o primeiro capítulo da minha minissérie autoral.